5235 dias desde a primeira vez que eu escrevi aqui. Criei esse blog quando cursava faculdade de Jornalismo, e escrevia sobre tudo que fazia parte do meu dia a dia. Era uma espécie de diário, um lugar onde eu podia desabafar e escrever sobre as coisas que eu sentia e acreditava. Desde a última postagem 4335 dias se passaram, e não sei onde enfiei tudo que eu precisava escrever ao longo desse tempo. De tudo que aconteceu, não imaginei que uma pandemia me traria de volta pra cá. Ao longo desses quase 1 ano e meio, quando pensei que nada mais me abalaria ou que pelo menos eu já soubesse como controlar as minhas ansiedades, perdi alguém muito especial pra esse vírus - que já tem cura. Fico me perguntando porque eu, em algum momento, pensei que sairia ilesa desse caos? Durante esse período em que eu vivia entre agradecer por estar viva e questionar Deus os motivos de estar me fazendo enlouquecer em casa, visitei esse passado tão gostoso que eu tive o prazer de compartilhar aqui, muito mais para mim do que para qualquer pessoa. Que loucura esses arquivos! De encontro com ator global a questionar a vinda do Papa ao Brasil. Quantas reclamações por ser solteira (e continuo assim), se eu soubesse a quantidade de casais que se separam durante uma pandemia, agradeceria. Agradeço. A vida foi boa comigo. No passado e também no presente, ainda que me faça sentir saudades e uma dor terrível que não consigo ver o fim. Revivendo tudo que eu escrevi nesse espaço, e tendo a sorte de conseguir resgata-lo, dividi o choro da saudade com o da alegria de ter vivido tudo tão bem e intensamente, desde sempre. Quem eu perdi para a pandemia deixou muitos ensinamentos. Cores, vida... Alegria! E principalmente, que nunca é tarde.
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Coisas legais para quem chegou no limite:
Um tempo atrás uma grande amiga me indicou a série ‘The Bold Type’, e eu comecei a assistir um pouco antes de tudo ficar assim, meio louco. Resumindo, a série narra a história de três amigas que trabalham na redação de uma revista, e eu realmente gostaria de ser uma delas. Peço licença a ‘Jane Sloan’, mas vou adaptar para o meu momento, o título de uma das suas publicações para a Scarlet.
Obs.: como é bom estar de volta.
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| Reprodução: The Bold Type/Internet |
1. Permita-se ter um dia de cinema: não, não é para brilhar no tapete vermelho. Eu lembro de ver sempre nos filmes quando era pequena, as personagens sofrendo em casa, comendo uma coisa bem gostosa, assistindo algo legal na tv, de pijama... Tá tudo bem, dar um tempo é legal!
2. Aprenda algo novo: qualquer coisa, a regra é não ficar mais ansiosa. Nada que te tire do sério, mas sim alguma coisa que, quando você esteja fazendo, o tempo pare.
3. Veja fotos antigas: sua infância, adolescência, ou se existe alguma ocasião especial que te fez feliz, reviva esse momento. As vezes tudo que precisamos é nos lembrar o quanto somos felizes.
4. Faça amizade com um animalzinho: ainda que você não tenha condições de ter um bichinho, procure um lugar, ajude e faça muito carinho. Quando a gente acha que tá tudo uma merda, eles costumam nos mostrar que o que vale a pena saiu (quase) ileso disso tudo.
5. Dance: o youtube tá aí! Coloque as músicas que você gosta, dance do seu jeito, solte tudo que está preso... Por favor, antes de enlouquecer, dance.
6. Procure seus amigos: a vida sempre nos faz deixar alguém para trás, procure essas pessoas. A internet tá cheia de porcaria, mas nos permite reviver momentos incríveis. Somos feitos das nossas histórias, resgate-as.
7. Faça um dia de skincare: odeio essa palavra porque o modismo nos ensina que isso é só para cuidar da pele, e nesse caso é mesmo. Passe cremes, mascaras, fotografe... Considere fazer um brigadeiro, equilíbrio é tudo.
8. Peça uma comidinha: o prazer de sentar e não ter que fazer absolutamente nada além de comer o que você está com vontade é algo bem reconfortante.
9. Tenha uma noite de sono sem o despertador: eu sei que a nossa vida corrida não nos permite fazer isso sempre que precisamos, mas faça assim que conseguir. Deixe o seu corpo acordar quando ele quiser. Você merece, tenho certeza!
10. Desabafe: como você quiser, quando e onde. E com quem você achar melhor! Pessoas, animais, plantas... No chuveiro, na janela, durante uma caminhada. Mesmo que você pareça louca, ninguém que entendeu o que está acontecendo com o mundo está normal!
Pode parecer impossível, mas vamos sobreviver.
Com amor, de novo,
Ju.
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